Julgamos uma marca pelos produtos que ela fabrica. Julgamos uma escola pelos alunos que ela tem. Julgamos um time pelos atletas que o compõem. E assim vai. Podemos tirar algumas conclusões acerca de alguém ou algo através daquilo que o representa.
Há um tempo atrás fiquei impressionado com a descoberta da grande responsabilidade que nós como cristãos temos diante do mundo que vivemos. Não que eu não soubesse, mas o que realmente descobri é que essa realidade vai muito além do que imaginava. Um trecho da carta que Paulo escreveu aos coríntios me chamou muito atenção da última vez que li:
“Vós sois a nossa carta, escrita em nosso coração, conhecida e lida por todos os homens, estando já manifestos como carta de Cristo, produzida pelo nosso ministério, escrita não com tinta, mas pelo Espírito do Deus vivente, não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne, isto é, nos corações” 2Co 3:2,3. Isso significa que as pessoas julgarão Jesus pelo tipo de servos que Ele tem, ou melhor, as pessoas enxergarão Cristo através do que elas vêem em nós, pois somos as cartas de Cristo ao mundo.
Querendo ou não, cada cristão é uma carta aberta por Cristo. Quando aceitamos entregar a nossa vida a Cristo também escolhemos viver de modo a atrair pessoas para Ele. Então, o que o mundo tem lido em nós? Quando olhamos para nossas vidas, o que podemos fazer para que alguém sem Cristo resolvesse aceitá-lo como salvador por ter observado nosso modo de viver?
Todos os olhares estão voltados para nós. Por mais que não pareça, pode ter certeza que alguém está nos observando.
O modo que tratamos os membros das nossas famílias, o modo que compartilhamos nossas amizades, o nosso comportamento no trabalho, na faculdade, a maneira que nos comportamos nas rodinhas de amigos, o nosso tipo de conversa, os nossos valores. Será que o mundo vê uma vida que demonstra o amor de Deus?
Existem muitos de nós “ótimos” argumentadores em assuntos discernentes à bíblia. Temos as palavras e versículos certos para confrontar o divórcio, a fornicação, a homossexualidade e outros pecados. Mas esses argumentos não vão trazer salvação a ninguém.
Quando a nossa vida não demonstra a realidade de Jesus, nosso testemunho verbal terá pouco impacto.
Os incrédulos esperam que tenhamos uma fé diferente. Somente quando essa fé e o caráter de Jesus passarem a moldar nosso modo de viver é que seremos observados pelo mundo de uma forma diferente.
O Senhor Deus precisa de servos que não somente testemunham com os lábios, mas também demonstram com a vida que têm um relacionamento pessoal com Jesus Cristo. Servos não somente capazes de debater sobre seu entendimento a respeito de Jesus e da bíblia, mas que saibam que o relacionamento deles com Cristo é uma realidade. As pessoas precisam ver que o Evangelho é algo que sentimos profundamente e que compartilhamos nossa fé por causa do amor que temos por cada um perdido.
A transparência e sinceridade em nós mostrará que estamos convictos de que o que estamos dizendo é mais do que palavras, é a nossa vida.
As escolhas que fazemos determinam a quem servimos. Será que o que temos escolhido tem evidenciado que pertencemos a Cristo? Quais amigos nós temos escolhido? Quais lugares temos freqüentado? Qual tipo de conversa escolhemos ter entre nossos amigos quando ninguém da nossa igreja possa nos ver? A quem escolhemos servir? A Deus ou aos prazeres do mundo? Josué desafia o povo de Israel a respeito das suas escolhas: “Porém, se vos parece mal servir ao Senhor, escolhei, hoje, a quem sirvais: se aos deuses a quem serviram vossos pais que estavam além do Eufrates ou aos deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Mas, eu e minha casa serviremos ao Senhor” Js 24.15. Nós escolhemos a quem vamos servir. Nossa conduta e estilo de vida depende das nossas escolhas. Não podemos esquecer que a vida das pessoas deste mundo foram confiadas a nós.
Temos a responsabilidade de levá-las a Cristo, e nossa vida é a mensagem de Cristo a elas.
Deus nos abençoe.
